Durante uma marcha pelas ruas do Porto, passando por alguns hotéis e por instalações de associações patronais do setor, manifestantes mobilizados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte queixaram-se de que subsistem salários em atraso e de que continuam por repor complementos salariais retirados no início da pandemia, nomeadamente prémios de produtividade e de assiduidade.

Assinalam ainda a imposição de horários alargados sem pagamento de horas extraordinárias.

Numa moção entregue em duas associações patronais no Porto, a APHORT e a AHRESP, os trabalhadores reivindicam um aumento salarial mínimo de 90 euros, sublinhando que a “generalidade dos trabalhadores não viu os seus salários atualizados em 2019, 2020 e 2021”.

Acrescentam que “mais de 80% dos empregados dos hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias e similares" recebem atualmente apenas o salário mínimo nacional.

Outra queixa dos trabalhadores relaciona-se com os "muitos" estabelecimentos que se mantém encerrados “sem qualquer justificação”, para além das “injustificáveis e inaceitáveis” restrições e condicionalismos ao funcionamento das empresas “impostos pelo Governo”.

O primeiro-ministro, António Costa anunciou na quinta-feira um plano em três fases para aliviar as restrições impostas por causa da pandemia que também beneficia a restauração, mas só em outubro é que deixa de haver limites no número de pessoas por grupo em restaurantes, cafés e pastelarias, tanto no interior como nas esplanadas.