"Os trabalhadores da Soflusa, num plenário da Comissão de Trabalhadores, decidiram avançar, para já, com uma greve ao trabalho extraordinário", disse à Lusa Carlos Costa, da Fectrans - Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
A Fectrans, em comunicado, refere que já solicitou uma reunião com o ministro da tutela, acrescentado que a situação "vai de mal a pior" nas duas empresas que operam no Tejo, a Soflusa e a Transtejo.
Segundo o sindicalista, a situação na Soflusa vai agravar-se com a imobilização de um navio a partir de quarta-feira, o que vai por em causa várias carreiras por dia.
"Com a paragem de mais um navio por falta de certificado de navegação, a partir de quarta-feira, são esperadas mais supressões de carreiras na Soflusa, pois ficam apenas cinco navios disponíveis. A situação pode ainda piorar, pois um outro navio pode também vir a ter que parar", afirmou Carlos Costa.
Fonte oficial da Soflusa disse à agência Lusa que a administração não recebeu, até ao momento, qualquer aviso prévio de greve e explicou que está a tentar evitar a imobilização do navio.
"A Soflusa já solicitou a prorrogação do certificado de navegabilidade do catamarã 'Jorge de Sena', a fim de evitar a sua imobilização", explicou.
A Transtejo é a empresa responsável pelas ligações do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão com Lisboa, enquanto a Soflusa faz a ligação entre o Barreiro e Lisboa.
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