A greve implica uma paralisação diária entre as 12:00 e as 14:00 e a não realização de trabalho extraordinário, afetando apenas a escala do Porto, referiu hoje o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (STTAMP), em comunicado enviado à Lusa.
Uma das razões invocadas para a paralisação é a “completa deterioração” das relações laborais entre trabalhadores e chefia da Escala TAP, no que diz respeito especificamente à do Porto, “em clara violação tanto da regulamentação interna da empresa, no que concerne por exemplo ao Código de Ética do Grupo TAP e ao regulamento de limitação de poderes de chefia”, disse.
O sindicato sublinha existir por parte das chefias uma “clara tendência para a prepotência e autoritarismo”.
Outros dos motivos enumerados são a não contabilização de trabalho extraordinário em prolongamento/antecipação ou por falta de intervalo de refeição, a “desconfiança e colocação em dúvida quanto à boa-fé dos trabalhadores em relação a esquecimentos de picagem”, a “ineficiente organização dos tempos de trabalho” e a “desconsideração pelas opiniões dos trabalhadores”, demonstrando um “grosseiro desrespeito pelo valores daqueles que todos os dias são a cara da companhia”.
“Esta linha de atuação de ostensiva falta de capacidade de gestão das relações humanas, a par dos constantes tiques absolutistas que pairam na gestão operacional, cava cada vez mais fundo o fosso da dialética trabalhador/entidade patronal, atirando para os mínimos os níveis de motivação dos trabalhadores”, entendeu a entidade sindical.
O sindicato disse ainda verificar-se a ausência de resposta aos sucessivos pedidos de adesão ao Acordo de Empresa por parte desta organização sindical, em claro detrimento e desprestígio pelas relações laborais e institucionais no que concerne aos trabalhadores representados pelo STTAMP.
A Lusa tentou obter esclarecimentos da TAP Portugal, mas não foi possível até ao momento.
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