A decisão foi tomada esta manhã após uma reunião com a administração que gere as duas empresas e que foi “inconclusiva”, segundo adiantou à agência Lusa Paulo Lopes, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).

“Colocamos novamente a questão à empresa de qual era a disponibilidade para negociar e a resposta que a empresa deu foi exatamente a que já tinha dado antes. Ou seja, não tem nada a dizer aos sindicatos. Portanto, tudo ficou na mesma”, justificou o sindicalista.

Assim, tal como previamente anunciado, os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa (duas empresas que têm administração comum) mantêm a intenção de realizar nos dias 14 e 15 de julho uma paralisação parcial, três horas por turno, reivindicando uma atualização salarial.

“Esta greve que os trabalhadores estão a fazer não é contra a administração. A administração está amarrada de pés e mãos. Os sindicatos estão disponíveis para negociar e, de facto, o Governo que tome as medidas necessárias para que seja possível haver uma negociação”, argumentou.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da Transtejo/Soflusa referiu que a administração “manteve a proposta anteriormente apresentada aos sindicatos” e que se mantém “disponível para dialogar”.

Há duas semanas, nos dias 16 e 17 de junho, os trabalhadores da Transtejo/Soflusa realizaram uma greve parcial, de três e duas horas por turno, por a empresa manter a sua posição de "aumento de 0%" nas negociações salariais, depois de uma primeira luta em 20 de maio.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.