Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT), em conjunto com o Sindicato dos Jornalistas (SJ) e o Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, de Audiovisual e dos Músicos (Cena-STE), explicou que a greve foi marcada “para dar resposta à intransigência da administração que se tem recusado a negociar aumentos salariais justos e equilibrados”.
No dia da greve, que decorre entre as 00:00 e 23:59 de 15 de março, foi decidido pelos trabalhadores em plenário realizar uma concentração de trabalhadores à porta da TVI, a partir das 13:00.
“Caso a administração não aceite as reivindicações dos trabalhadores é necessário dar visibilidade pública à luta dos trabalhadores, por isso estar concentrado à porta das instalações da empresa em Queluz de Baixo é importante e necessário”, destacou o STT.
Entre as reivindicações estão aumentos salariais para todos os trabalhadores indexados ao valor da inflação de 2022 (a rondar os 8%), aumento do subsídio de refeição para 8,32 euros, aplicável a todos os trabalhadores ou 25 dias de férias para todos os trabalhadores.
Também é reclamada a “atualização dos valores das bandas do plano de carreiras (mínimo e máximo) de acordo percentagem do aumento do salário mínimo nacional em 2023 (7,8%), de forma a assegurar que existe evolução nos números de referência”.
Na nota de imprensa, o STT denunciou que os sindicatos estão a ser confrontados “com uma postura de confrontação da gestão que até usou a argumentação da TVI ser uma empresa de telecomunicações para obstaculizar a marcação da greve, procurando impedir um direito constitucional, e pediu a intervenção da DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho] para que sejam declarados serviços mínimos na TVI”.
“A administração em vez de se concentrar as suas energias para levar a negociação dos aumentos salariais em 2023 a bom porto, dispara em todas as direções e ataca os sindicatos e os trabalhadores, com a finalidade de nos amedrontar, desmobilizar e impedir de lutar”, frisou o sindicato.
O STT sublinhou ainda que a “união dos trabalhadores será determinante para o sucesso das reivindicações”, apelando a que os trabalhadores de todas as empresas do grupo Media Capital estejam “mobilizados para a greve e para a concentração à porta da TVI”.
A greve abrange todas as empresas do grupo Media Capital: TVI, EMAC, PLURAL, EPC, Media Capital Digital e Media Capital Serviços.
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