O secretário geral da CGTP, Arménio Carlos, que participou na manifestação, disse aos jornalistas que “não se compreende que o Governo esteja há dois meses para fazer sair a portaria para resolver o problema”.

“Até agora não o fez e ainda recentemente foi muito mais lesto a resolver o problema do Novo Banco”, salientou o dirigente sindical.

Os trabalhadores das pedreiras afetos aos sindicatos filiados na FEVICCOM – Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro fazem hoje uma greve de 24 horas em defesa da melhoria das suas condições de trabalho e de vida.

Além disso, realizou-se hoje de manhã em Lisboa uma marcha de protesto, na qual participaram cerca de 70 trabalhadores e dirigentes sindicais do setor e a que se associou o secretário geral da CGTP, Arménio Carlos, que teve início no Teatro Maria Matos e terminou no Ministério do Trabalho e da Segurança Social.

Já na Praça de Londres, junto ao ministério, Arménio Carlos disse aos jornalistas que “não se justifica que estes trabalhadores que põem em risco todos os dias a sua vida continuem a ser remetidos para uma situação que não tem resposta”, com a ausência da publicação da portaria e lembrou que o diploma é necessário para que “todos os trabalhadores, face à penosidade e aos riscos no dia a dia ao longo da sua atividade profissional, possam passar à situação de antecipação de reforma sem qualquer penalização”.

“São estas situações que criam ainda movimentos de injustiça, de indignação, que levam depois a que estes trabalhadores justamente estejam aqui (…) também para dizerem que estão na rua para reclamar que sejam melhoradas as suas condições de trabalho, porque não querem voltar para dizer que se continua a morrer nas pedreiras”, afirmou.

Arménio Carlos disse ainda que os trabalhadores querem, “aqui e hoje”, dizer que “podem ser tomadas medidas preventivas” para evitar novos acidentes e novas mortes nas pedreiras.

Lamentavelmente, segundo o líder da CGTP, novos acidentes e mortes “infelizmente continuam a acontecer”.

“Isto tem de acabar de uma vez por todas. […] Não nos venham dizer que não é possível fazer investimento. É, porque o investimento que é feito para assegurar a segurança dos trabalhadores nos locais de trabalho e a sua própria vida é sempre retorno”, argumentou.

O líder da CGTP disse ainda que terá esta tarde uma reunião no Ministério do Trabalho na qual serão tratadas diversas matérias, incluindo esta portaria.

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