A decisão será tomada após uma reunião com a administração, na quarta-feira de manhã, "bem cedo", na qual serão avaliadas questões de segurança e de condições de trabalho, disse à Associated Press (AP) o delegado sindical dos trabalhadores, Pierre Zinenberg.
O Museu do Louvre, em Paris, o mais visitado do mundo, manteve as portas fechadas na segunda-feira, na sequência de um protesto dos seus funcionários, que reclamam o aumento do quadro de pessoal para responder ao crescente fluxo de turistas.
Depois de um fim de semana marcado por longas filas e problemas de organização e segurança, em particular quanto ao acesso ao quadro "Mona Lisa", de Leonardo Da Vinci, um grande número de funcionários decidiu apresentar justificações para a ausência ao trabalho (pedidos de licença), na segunda-feira, levando a administração a manter fechadas as portas do museu.
"Reunidos em assembleia geral [na segunda-feira], os trabalhadores decidiram exercer o seu direito [de folga] e contestar a situação junto da administração", anunciaram em comunicado.
Pierre Zinenberg disse à AP que a intervenção em curso junto de "Mona Lisa" fez com que os funcionários, durante o fim de semana, fossem "assediados por turistas", que permaneciam em longas filas de espera.
Zinenberg frisou que o número de trabalhadores do museu "diminuiu na última década", embora o número de visitantes tenha aumentado mais de 20%, tendo ultrapassado os 10 milhões, no final do ano passado.
"Em 2018, o número de visitantes do Louvre ultrapassou os 10,2 milhões. Desde 2009, o público aumentou mais de 20% e o edifício foi ampliado, mas o quadro de funcionários não para de diminuir", disse, em comunicado, na segunda-feira, o sindicato dos trabalhadores do setor cultural, em França.
"O Louvre está a ficar asfixiado", com "uma degradação sem precedentes das condições de acesso e de trabalho", concluiu o sindicato.
Na segunda-feira, a administração do Louvre escusou-se a comentar a situação, segundo a agência France-Presse.
O Museu do Louvre fecha às terças-feiras.
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