A greve foi convocada pelo CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, ligado à CGTP, que, em comunicado, acusa a cadeia Dia Portugal Supermercados (lojas Dia/Minipreço e Clarel) de “discriminação salarial”, considerando que “continua a haver diferenças salariais gritantes entre trabalhadores com a mesma categoria profissional e antiguidade”.
O sindicato fala ainda de “situações de assédio moral” no grupo de supermercados, onde diz existirem constantes ameaças de despedimento, tentativas de impedimento a conciliação da vida familiar com a vida profissional, limitação do direito à greve, abusos de autoridade e ameaças de alterações de horários e de transferência de local de trabalho.
O CESP pede ainda aumentos salariais dignos, referindo que a empresa atualiza anualmente os salários “muito abaixo da inflação”, e maior progressão nas carreiras profissionais.
Assim, o sindicato marcou greve para 16 de agosto, quarta-feira da próxima semana, para todos os trabalhadores das lojas e escritórios do grupo Dia/Minipreço.
Quanto aos armazéns do grupo, há um pré-aviso de greve de quatro dias para os trabalhadores do armazém de Zibreira, em Torres Novas, e uma concentração no local a 16 de agosto, pelas 10h00.
No armazém de Vialonga, em Alverca, os trabalhadores farão greve de três dias, com concentração à porta do armazém já esta sexta-feira, pelas 14h30, e no armazém de Valonga a greve é de dois dias com concentração marcada para dia 18, pelas 9h30.
Nos últimos meses, o CESP tem convocado várias ações de protesto à porta das lojas, a fim de chamar a atenção para as condições de trabalho no Dia/Minipreço.
Em meados de julho terminaram sem acordo as negociações entre a empresa e o sindicato sobre o caderno reivindicativo dos trabalhadores.
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