Os trabalhadores começaram a juntar-se na entrada norte dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) a partir das 09:00, exibindo uma tarja onde se podia ler que os trabalhadores da empresa SUCH lutam pelo aumento de salários e por uma negociação séria contra a retirada de direitos.
Em declarações à agência Lusa, António Baião, do Sindicato da Hotelaria do Centro, explicou que os trabalhadores decidiram marcar a greve porque a empresa SUCH “unilateralmente deixou de aceitar continuar as negociações”, alegando que “o sindicato não estava a aceitar um conjunto imposições”.
“A empresa tinha propostas em cima da mesa de retirada de direitos, desregular completamente os horários de trabalho, de querer fazer horários de trabalho com jornadas diárias de 12 horas, concentração de horário, banco de horas e nós não aceitámos e dissemos isso à empresa”, referiu.
Segundo o dirigente sindical, os SUCH, empresa de capitais públicos, pretendem fazer uma administração semelhante à feita em empresa do setor privado.
“Também em relação às condições de trabalho, a empresa não responde aos problemas trabalhadores”, acrescentou.
Segundo António Baião, os trabalhadores enfrentam um quadro de pessoal reduzido e ritmos de trabalho elevados, deparando-se ainda com falta de condições no próprio espaço físico onde trabalham, nomeadamente nas cozinhas e lavandarias.
“Falo de coisas completamente necessárias, que precisam de uma intervenção da empresa. A empresa quer responder todos os dias pelo menos com os mínimos para que o utente esteja satisfeito e o cliente, neste caso os hospitais satisfeitos, mas em relação aos seus trabalhadores, não tem uma resposta como deve ser”, lamentou.
À Lusa sublinhou que os trabalhadores “foram empurrados pela empresa para esta greve”, deixando a promessa de que vão continuar a lutar pelos seus direitos, que passam pelos “aumentos salariais dignos, a atribuição do subsídio de risco a todos os trabalhadores e a atualização justa do subsídio de refeição”.
Reivindicam ainda a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, 25 dias úteis de férias para todos, um regime de diuturnidades que valorize a antiguidade e retirada da proposta de adaptabilidade, bando de horas e de horários concentrados.
Sobre a adesão à greve, o dirigente sindical informou ainda que cerca de 50 das 100 mulheres que trabalham na Lavandaria do Meco estão greve.
“As unidades todas de alimentação de Coimbra estão com serviços mínimos, quer no Hospital da Universidade de Coimbra, como no Pediátrico, Maternidade e Covões. Também a rouparia, do Hospital da Universidade de Coimbra está só com os serviços mínimos a funcionar, verificando-se uma adesão muito grande à greve”, concluiu.
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