“É tudo verdade”, disse o arguido, fazendo uma confissão integral e sem reservas dos factos, na primeira sessão do julgamento.
O arguido, residente em Águeda, foi detido no dia 1 de agosto de 2018, durante uma operação de “entrega controlada” proposta pelas autoridades belgas, de um produto suspeito de ser MDMA dissimulado numa encomenda postal.
De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), o arguido adquiriu 253 comprimidos contendo MDMA, denominada popularmente ‘ecstasy’, pelo valor de 700 euros, a uma pessoa da sua confiança que se encontra emigrada em Inglaterra, os quais se destinavam a ser vendidos pelo valor de quatro euros cada.
Os referidos comprimidos foram enviados pelo correio ao arguido, que pediu à sua mãe para proceder ao levantamento da encomenda na estação dos CTT de Águeda, sem que aquela tivesse conhecimento do seu conteúdo.
A acusação refere ainda que o arguido se dedicou à venda direta e cedência de produto estupefaciente nomeadamente canábis, MDMA, LSD e anfetaminas desde 2017, quer na sua residência quer em cafés situados na proximidade.
Durante uma busca à residência do arguido foram apreendidos 1,3 quilos de canábis, correspondente a cerca de 6.500 doses, 75 selos de LSD e uma caixa metálica contendo anfetaminas com o peso de 0,258 gramas, correspondente a menos de uma dose.
As autoridades apreenderam ainda uma balança digital, uma agenda e 1405 euros em dinheiro.
O arguido, atualmente em prisão domiciliária, depois de ter estado cerca de quatro meses em prisão preventiva, está acusado de um crime de tráfico e outras atividades ilícitas.
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