De acordo com informação publicada no portal de notícias da autarquia, a decisão de cortar o trânsito naquela artéria foi tomada pela Proteção Civil, ao final da tarde de domingo.

“A Proteção Civil do Porto decidiu, ao final desta tarde [de domingo], cortar o trânsito na marginal do rio Douro, junto à escarpa das Fontainhas, por razões de segurança relacionadas com uma situação de instabilidade detetada na escarpa”, lê-se na página da Internet.

Em comunicado enviado esta manhã à redação, a autarquia refere que neste momento “decorre uma intervenção na escarpa das Fontainhas”, no âmbito de “um avultado investimento de consolidação” da mesma que tem vindo a ser feito “nos últimos cinco anos”. Contudo, “a elevada complexidade da obra e a intempérie que há dias se fez sentir no país, provocaram alguma instabilidade no local”.

Depois de já na semana passada ter interrompido temporariamente o trânsito na avenida Gustavo Eiffel “por motivo de segurança”, a autarquia verificou agora “que ainda se mantém alguma instabilidade” e que na noite de domingo houve “desprendimento de materiais da escarpa”, pelo que decidiu cortar de novo a circulação naquela via marginal junto ao Douro.

A circulação rodoviária “só será retomada quando for garantida a segurança. As consolidações das escarpas são obras de elevada complexidade e absolutamente fundamentais para garantir a segurança da cidade”, conclui a Câmara do Porto.

Na segunda-feira da semana passada, a Câmara comunicou que iria cortar o trânsito na avenida Gustavo Eiffel no dia seguinte (terça-feira), entre as 10:00 e as 17:00, para proceder a “trabalhos de estabilização” da escarpa das Fontainhas, devido à “existência de elementos instáveis”, que foram identificados “na sequência da tempestade” do dia 10.

Na ocasião, a autarquia recordou que a empresa municipal de Gestão e Obras Públicas (GOP) tinha iniciado há um mês “a segunda empreitada de consolidação da escarpa das Fontainhas", uma obra que representa “um investimento de quase um milhão de euros” e que “permitiu já a remoção de vegetação e do lixo acumulado no local”.

Em dezembro de 2012, a Câmara do Porto, ainda liderada pelo social-democrata Rui Rio, incluía no orçamento da GOP para 2013 um milhão de euros para dar início à consolidação da escarpa das Fontainhas, onde há já 17 anos um aluimento de terras deixou 250 pessoas sem casa.

[Notícia atualizada às 11h59]