Para o coordenador do projeto Covid19 Insights, uma iniciativa da NOVA IMS e da COTEC, "a alteração das medidas de confinamento, nomeadamente as associadas ao encerramento das atividades escolares presenciais, e a consequente redução de mobilidade terão contribuído para uma diminuição da taxa de transmissibilidade do vírus em 35% a 40% no espaço de uma semana [o meio da semana que começou a 25 e terminou a 29 de Janeiro".

Os especialistas fizeram uma comparação da queda da taxa de transmissibilidade do vírus entre o meio da semana que começou a 11 de janeiro e terminou a 15 e o meio da semana que começou a 25 e terminou a 29 de janeiro.

Face a estas estimativas, ao Público, Pedro Simões Coelho diz ainda que o pico da prevalência está próximo. De acordo com a publicação, o pico da prevalência deverá acontecer "por estes dias", com cerca de 182 mil casos ativos. Devendo este valor descer para 160 mil a 7 fevereiro.

Mais, o máximo de internamentos terá sido atingindo no dia 1 e o máximo em cuidados intensivos deve ser atingido até ao final da semana. Quanto aos óbitos, o máximo pode ter sido atingido a 30 de janeiro com cerca de 300 mortes por dia.

No entanto, para o presidente do Conselho Científico da NOVA IMS, estes números não devem significar um aliviar das medidas.

“Essa é uma das razões porque o confinamento precisa de ser continuado desta forma severa por algum tempo. É imprescindível manter ou intensificar [a queda da transmissibilidade] por mais algum tempo para evitar esta situação de rutura e tentar com que este excesso de mortalidade não continue”, defende.