Em causa está a acusação da clínica a Diogo Brandão de difamação e um pedido de indemnização de dez mil euros por danos não patrimoniais, avança o Jornal de Notícias (JN).

“Trocar dez estrias por dez manchas? Não têm noção do ridículo? Perderam a vergonha? Só queria ver como ficará depois da senhora se sentar meia dúzia de vezes”, escreveu o diretor da APE, em janeiro de 2021. Já quanto ao “o-shot”, nome de um procedimento publicitado para “mulheres que queiram melhorar a sensibilidade na região clitoriana”, Diogo Brandão terá dito, em dezembro de 2021: “Não importa a pessoa! Importa o conteúdo! Vi um único artigo publicado sobre o tratamento. Parece-me demasiado subjetivo para este tipo de comunicação... Agora, de uma coisa não tenho dúvida: deve ser uma grande prenda de Natal”.

Entretanto, o Ministério Público e o arguido consideravam que as publicações não visavam a médica e a sua clínica e que eram meros juízos críticos, no exercício da liberdade de expressão, sobre o teor de procedimentos de medicina estética, algo com que os juízes da Relação concordaram.

Contactado pelo JN, o diretor da Academia Portuguesa de Estética, Diogo Brandão, afirmou que o arquivamento do processo não o deixou “surpreendido" e que esteve sempre “tranquilo”, apesar de lamentar que não tenha havido uma “tentativa de conciliação” de Ana Sousa.

Já a queixosa diz que não esperava perder o processo, porque considera que Diogo Brandão “agiu de má-fé” e que esta é uma "“prática comum” do diretor da Academia Portuguesa de Estética.