"Há um país diferente daquele que António Costa apregoa e, portanto, é um Governo e um primeiro-ministro desfasados da realidade, uma realidade onde temos a maior carga fiscal de sempre, onde as famílias são penalizadas de aumentos de impostos, como o imposto sobre gasóleo e gasolina, e as empresas também muito penalizadas com uma carga muito elevada", considerou Assunção Cristas, no Porto.
Segundo a líder centrista, "uma coisa não bate certo com a outra, a maior carga fiscal de sempre e o pior nível de serviços públicos da educação aos transportes, à saúde, passando pelas infraestruturas” o que leva a “crer que o primeiro-ministro não vive nesta realidade".
Para Assunção Cristas, a recuperação da confiança dos portugueses através de mais crescimento, mais e melhor emprego e mais igualdade, como advogou hoje António Costa, é, aliás, mérito do Governo anterior (PSD/CDS-PP), que "conseguiu tirar o país da bancarrota socialista em 2011" e em 2014 dizer "adeus à ‘troika’" e iniciar um período de crescimento económico.
A dirigente sublinhou que "o mérito do primeiro-ministro é o facto de manter um Governo durante três anos com parceiros da esquerda mais radical e fazê-lo funcionar com um custo que é da sua sobrevivência anual ou diária e, portanto, é um Governo mais preocupado com essa sobrevivência do que em tudo o resto".
Já sobre as cativações no Orçamento do Estado que António Costa comparou hoje a "um carro sem travões”, Assunção Cristas sublinhou que, ano após ano, este Governo tem apresentado "um orçamento de ilusão".
"Há o orçamento aprovado, há orçamento cativado e depois há o executado, que está bem mais próximo das cativações do que aquilo que é aprovado. E, portanto, ano após ano, para além da oportunidade perdida, há um engano, há um logro", argumentou, para acrescentar que “este ano não é diferente”.
Assunção Cristas observou ainda que hoje, na conferência de imprensa de balanço dos três anos de Governo, no Porto, o primeiro-ministro "não foi capaz de dar a cara pelo Orçamento e responder às perguntas", escondendo-se e gerindo "as aparições conforme lhe interessa".
"É um primeiro-ministro muito habilidoso, é um artista, mas isso não chega para ser um primeiro-ministro que Portugal merece, que é um verdadeiro estadista", defendeu.
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