Contactada pela agência Lusa, fonte do Comando Distrital de Beja da PSP explicou que “eram cerca das 03:40 quando os três suspeitos encapuzados entraram no interior da superfície comercial”, localizada na periferia de Beja, na saída para Serpa e em direção a Espanha.

“As portas são de vidro e, então, estilhaçaram os vidros e acederam ao interior, mas não conseguiram levar avante aquilo que supostamente pretendiam, que era levar a máquina ATM”, uma vez que “foi ativado o mecanismo de segurança das notas, o que provocou o rebentamento de tinta vermelha”, disse.

Questionada pela Lusa, a fonte policial disse que “ainda” não foi possível “perceber como é que” os encapuzados “rebentaram a porta de vidro”, nem se recorreram a alguma viatura automóvel para esse fim, realçando que, “na investigação, através do visionamento das imagens de videovigilância, é que isso será apurado”.

A fonte da PSP frisou também que “não há qualquer vestígio ou indício” de que os suspeitos tenham “utilizado qualquer engenho explosivo” para arrancar a máquina de multibanco: “Foi só através da força física”.

“E tentaram transportá-la, mas estiveram lá dentro pouco mais de três minutos e, assim que viram que o dinheiro ficou inutilizado deixaram-na no chão e colocaram-se em fuga para parte incerta”, acrescentou.

Quando PSP chegou ao local, “verificou que a máquina tinha a proteção das notas rebentada”, tendo os agentes acautelado o local e feito “a salvaguarda dos meios de prova”.

Uma equipa de Faro da Polícia Judiciária já esteve, durante a manhã, na superfície comercial em Beja, onde funciona um hipermercado e algumas lojas, e “recolheu vestígios”, afirmou.

“Agora, será dado conhecimento ao Ministério Público”, assinalou a fonte policial, referindo que, em conjunto com a GNR, a PSP procedeu a diligências, durante a manhã, para localizar os suspeitos e a viatura que utilizaram para fugir, mas sem sucesso, prosseguindo a visualização das imagens de videovigilância.