Um enorme tsunami provocado pelo sismo de magnitude 9,0, destruiu a central nuclear de Fukushima Daiichi, na costa nordeste do Japão, a 11 de março de 2011.
A água sobrecarregou o sistema de arrefecimento dos reatores e levou à fusão de três deles, lançando radiação numa vasta área, naquele que foi o pior desastre no Japão desde a II Guerra Mundial e o maior acidente nuclear do mundo desde Chernobyl em 1986.
Mais de 10 mil pessoas que fugiram da região devido aos riscos de radiação interpuseram vários processos conjuntos contra o Governo e a operadora Tokyo Electric Power Co (TEPCO).
Hoje, o tribunal do distrito de Maebashi, a norte de Tóquio, considerou o Governo e a TEPCO responsáveis e ordenou-lhes o pagamento de um total de 38,6 milhões de yen (317 mil euros) aos queixosos, segundo uma fonte judicial, citada pela agência France-Presse, sem especificar o número de queixosos.
O canal público NHK, citando o tribunal, contou que apenas 62 dos 137 participantes no caso tiveram direito a uma indemnização, já que a decisão foi baseada na situação individual da retirada de cada um.
A decisão de hoje foi a primeira num processo coletivo por pessoas retiradas da região e que pediam uma indemnização do Governo e da TEPCO, dizem os media locais.
O montante atribuído fica, no entanto, muito aquém dos 1,5 mil milhões de yen que os queixosos pediam.
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