Um tribunal russo condenou nesta segunda-feira, o ex-jornalista Ivan Safronov, especialista em questões militares, a 22 anos de prisão por alta traição, constatou uma jornalista da AFP presente na audiência.

Preso desde 2020, Safronov, de 32 anos, deverá cumprir pena "numa prisão de alta segurança", segundo a decisão do tribunal municipal de Moscovo, que foi anunciada em pleno conflito com a Ucrânia.

Ivan Safronv é um conhecido especialista em questões de defesa. Na sala de audiência, Safronov sorriu quando lhe foi proferida a sentença e os seus apoiantes gritaram "Vania, amamos-te!", referindo-se ao ex-jornalista por um dos seus apelidos.  Entretanto, os seus advogados de defesa afirmaram que vão recorrer da sentença.

Safronov é acusado de ter passado informações sobre as operações militares russas, na Síria, a um especialista político russo-alemão (também detido na Rússia por "alta traição") e de ter fornecido informações sobre o fornecimento de armas russas à África aos serviços de inteligência checos. Safronov nega enfaticamente todas as acusações.

Ivan foi jornalista em dois jornais nacionais da Rússia, o Vedomosti e o Kommersant. Em 2019, foi forçado a renunciar ao cargo no Kommersant e, em maio de 2020, tornou-se conselheiro do então chefe da agência espacial russa, Roscosmos, Dmitri Rogozin.

Segundo adianta a AFP, muitos dos ex-colegas de Ivan Safronov denunciaram o seu caso como vingança pelos artigos onde ele mencionava incidentes embaraçosos para o exército russo.

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