O capitão do Porto de Setúbal e comandante-local da Polícia Marítima, Serrano Augusto, disse à Lusa que as cinco pessoas que seguiam na embarcação “eram da zona de Santiago do Cacém”, também no litoral alentejano.

“Tanto o timoneiro, de 62 anos, que foi a pessoa resgatada com vida, como os quatro passageiros, são portugueses e da zona de Santiago do Cacém”, frisou.

Os desaparecidos “são todos do sexo masculino”, revelou também à Lusa o comandante que, apesar de reconhecer que, por enquanto, não sabe se existem relações de parentesco entre os quatro, “há um pai e um filho, o rapaz de 12 anos”.

Serrano Augusto explicou também que “a embarcação de recreio terá naufragado pelas 07:00, a cerca de milha e meia” ao largo de Tróia, embora o alerta só tenha sido recebido “por volta das 10:00”.

“A embarcação naufragou e afundou completamente”, acrescentou, referindo que “há objetos e apetrechos” do barco que “estão à tona da água nas proximidades”.

Em comunicado divulgado entretanto, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) confirmou que a embarcação terá naufragado esta manhã “a cerca de uma milha e meia (aproximadamente três quilómetros) ao largo de Tróia”.

“A Autoridade Marítima Nacional encontra-se a efetuar buscas por três adultos e uma criança de 12 anos que se encontram desaparecidos no mar”, disse a mesma entidade.

Após o alerta, recebido às “10:05”, foram ativados de imediato para o local “uma embarcação do Comando-local da Polícia Marítima de Setúbal e uma embarcação da Estação Salva-vidas de Sesimbra”, precisou a AMN, indicando que decorrem ainda buscas em terra, que mobilizam elementos dos bombeiros de Grândola e do posto da Comporta da GNR.

“Foram ativados para o local um navio da Marinha Portuguesa e uma aeronave da Força Aérea Portuguesa”, pode também ler-se no comunicado.

Nas declarações à Lusa, por volta das 13:10, Serrano Augusto indicou que estava a chegar ao local um helicóptero Koala da Força Aérea Portuguesa (FAP) para participar nas buscas.

O timoneiro da embarcação naufragada “foi resgatado por uma embarcação que se encontrava nas proximidades”, informou a AMN, que assinalou ainda que o Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima foi ativado e encontra-se a prestar apoio.

Em declarações à Lusa, esta manhã, o comandante-local de Setúbal da Polícia Marítima admitiu que a embarcação possa ter-se virado quando foi alvo de “um golpe de mar, que fez com que os passageiros tivessem sido ‘cuspidos’ para a água”.