“Ter uma boa relação com a Rússia é uma coisa boa, não uma coisa má”, afirmou Donald Trump numa série de publicações na rede social Twitter.

“Já temos problemas suficientes sem termos mais um”, acrescentou, dizendo que os russos respeitariam “ainda mais os Estados Unidos” sob sua liderança do que quando Barack Obama estava na Casa Branca.

Trump questionou repetidamente a avaliação dos serviços de informações norte-americanos, que defendem que o Kremlin interferiu nas eleições presidenciais de 2016 e um relatório tornado público na sexta-feira parece não o ter feito mudar de ideias.

O relatório defende que o presidente russo Vladimir Putin, ordenou uma campanha clandestina para influenciar a eleição presidencial nos EUA, em favor de Donald Trump.

Esta é a primeira alegação formal por parte do Governo dos EUA que suporta as acusações sensacionais a que Trump e os seus apoiantes têm resistido.

O relatório do diretor das Informações Nacionais, uma versão desclassificada de um documento mais detalhado que tinha sido entregue à Casa Branca, a Trump e aos líderes do Congresso, não adianta provas para suportar as alegações.

A versão desclassificada é até agora o documento público mais detalhado sobre os esforços russos para interferir no processo político norte-americano, com ações que incluem a pirataria das contas de correio eletrónico do Comité Nacional Democrático e de líderes democratas, como Hillary Clinton ou o seu presidente da campanha, John Podesta.

Os dirigentes russos também usaram propaganda financiada pelo Estado e pagaram a agitadores para fazer comentários indecentes e maldosos nas redes sociais, adiantou-se no documento.

Não há sugestões de que os russos tenham influenciado as máquinas de contagem de votos.

No documento, ligou-se, pela primeira vez, Putin às ações de pirataria, classificando-a como “o maior esforço” feito até agora para influenciar uma eleição nos EUA e sustentou-se que os russos forneceram e-mails à Wikileaks, algo que o fundador do sítio, Julian Assange, tem negado repetidamente.