“Tenho o prazer de informar que os Estados Unidos da América chegaram a um acordo com o México”, anunciou Donald Trump, na rede social Twitter, sublinhando que “as tarifas programadas para entrar em vigor na segunda-feira contra o México estão suspensas indefinidamente, e que o México, em troca, concordou tomar medidas rigorosas para conter a maré migratória através do México em direção à fronteira sul”.
O objetivo das negociações era “reduzir ou eliminar a imigração ilegal proveniente do México para os Estados Unidos”, acrescentou.
Representantes do México e dos EUA mantiveram, na sexta-feira, um terceiro dia consecutivo de negociações, com o Departamento de Estado a procurar um acordo para satisfazer as exigências de Trump de o México aumentar acentuadamente os seus esforços de reduzir estes fluxos migratórios.
Se as duas partes não tivessem chegado a um acordo, as tarifas entrariam em vigor na segunda-feira, afetando todas as importações mexicanas, com taxas que começariam em 05%, subindo a cada mês até atingir 25% em outubro.
A maioria dos migrantes que cruzam o México com destino aos Estados Unidos foge das condições de violência e de falta de oportunidades económicas em El Salvador, Honduras e Guatemala.
Atualmente, os Estados Unidos são o principal parceiro comercial do México, um país que exportou produtos no valor de 328 mil milhões de dólares (cerca de 300 mil milhões de euros) entre janeiro e novembro de 2018 para os EUA, representando quase 80% do total das vendas externas, sobretudo no setor automóvel e da alimentação.
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