“Se o Irão quiser lutar, esse será o fim oficial do Irão. Nunca mais ameacem os Estados Unidos!”, publicou o chefe de estado na sua conta oficial na rede social Twitter, numa altura de crescente tensão entre Washington e Teerão.
Donald Trump publicou a declaração horas depois de o líder dos Guardiães da Revolução, Hossein Salami, ter dito que o Irão não teme uma guerra, ao contrário dos Estados Unidos, advertindo que o Médio Oriente pode converter-se “num paiol” para Washington.
“Não procuramos a guerra nem a tememos. É a diferença em relação a eles [Estados Unidos], que têm medo da guerra”, afirmou num discurso durante uma cerimónia militar, que foi difundido pela televisão estatal iraniana.
Salami avisou que, quando a ameaça é remota, as forças iranianas apenas planeiam uma resposta estratégica, mas que, quando a ameaça se aproxima, também entram em ação “em termos operativos”.
A tensão na região do Golfo tem aumentado e os Estados Unidos decidiram enviar para o Golfo Pérsico um navio de assalto anfíbio, um porta-aviões e caças-bombardeiros e designaram em abril os Guardiães da Revolução, uma força militar de elite, como grupo terrorista.
Na última semana agravou-se após a sabotagem de quatro petroleiros num porto dos Emirados Árabes Unidos e os ataques com ‘drones’ a um oleoduto saudita, com Riade a acusar o Irão de ter ordenado esta ação contra os rebeldes Huthis do Iémen.
A maioria das autoridades iranianas, como o líder supremo, Ali Khamenei, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif Khonsari, descartou uma guerra com os Estados Unidos.
“Nem nós nem eles procuramos uma guerra”, assegurou Ali Khamenei, insistindo que o confronto não é de natureza militar, mas “um choque de vontades”.
Por sua vez, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem referido que está disposto a negociar com os líderes iranianos.
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