O chefe de Estado russo disse que o seu país é “a favor” de um cessar-fogo, mas referiu haver “questões importantes a resolver”, isto depois de os Estados Unidos e a Ucrânia terem elaborado um plano para uma trégua de 30 dias durante conversações na Arábia Saudita.

“Seria um momento muito dececionante para o mundo” se Moscovo rejeitasse esta proposta, comentou Trump, na Casa Branca.

“Adoraria encontrar-me com ele ou falar com ele”, prosseguiu, referindo-se a Putin, para logo acrescentar: “Mas temos de resolver a questão [do cessar-fogo] rapidamente”.

Donald Trump, cujo enviado especial, Steve Witkoff, chegou hoje à Rússia, indicou também que as conversações norte-americanas com a Ucrânia se centraram “nas parcelas de território que seriam mantidas e perdidas e em todos os outros elementos de um acordo final” para a paz.

“Está também em causa uma central elétrica, uma muito grande — quem vai ficar com ela e quem vai ficar com isto ou aquilo”, afirmou o Presidente norte-americano, ao receber na Casa Branca o secretário-geral da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), Mark Rutte, sem especificar de que central se trata.

A central nuclear de Zaporijia, no sul da Ucrânia, a maior da Europa, foi tomada pelas forças russas nas primeiras semanas da sua invasão da Ucrânia — iniciada a 24 de fevereiro de 2022 – e a sua segurança é precária, o que faz temer uma potencial catástrofe.

“Muitos dos pormenores de um acordo final já foram discutidos”, disse o Presidente norte-americano, acrescentando que “a primeira fase é o cessar-fogo”.

Putin declarou hoje ser “a favor” da trégua de 30 dias na Ucrânia, mas disse ver problemas na sua aplicação e verificação, tendo considerado desejável falar por telefone com o homólogo norte-americano.

“Pode ser que o Presidente [Donald] Trump e eu conversemos por telefone e a discutamos em conjunto. Mas, quanto à ideia em si de pôr fim ao conflito por meios pacíficos, apoiamo-la”, declarou o Presidente russo.