De acordo com uma notícia publicada hoje no jornal New York Times, os destinatários das cartas foram, entre outros, o Governo português, a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e o novo chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez.
As mensagens de Trump são conhecidas uma semana antes da cimeira da NATO agendada para os dias 11 e 12 de julho, em Bruxelas.
Nas cartas, Trump refere que em 2017 formulou queixas em privado e em público para pressionar os países da NATO a contribuírem com 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para a defesa comum.
Segundo a notícia, Trump indica que os pagamentos não foram “suficientes” acrescentando que na sequência da situação os Estados Unidos podem vir a reconsiderar a “presença militar” a nível mundial.
“Como discutimos durante a visita em abril, verifica-se uma frustração que é crescente nos Estados Unidos em relação a alguns aliados que não deram o passo seguinte, tal como tinham prometido”, diz Trump na mensagem enviada a Angela Merkel.
“Os Estados Unidos continuam a contribuir com mais recursos para a defesa da Europa numa altura em que a economia europeia se encontra bem. Isto já não é sustentável para nós [Estados Unidos]”, sublinha Trump.
Segundo o New York Times, além dos governos de Portugal, Espanha, Alemanha e Canadá também receberam a carta os governos da Noruega, Bélgica, Itália, Holanda e Luxemburgo.
Desde que foi eleito presidente dos Estados Unidos, Trump queixa-se de que Washington gasta demasiados recursos com a Aliança Atlântica e tem criticado a situação, de forma reiterada, aos líderes dos vários países.
Trump chegou a considerar a NATO “uma organização obsoleta” durante a campanha presidencial.
“A NATO é maravilhosa, mas ajuda mais a Europa do que os Estados Unidos. Por que motivo somos nós a pagar a maior parte dos custos?” afirmou Trump durante a recente visita de Angela Merkel a Washington.
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