“Não posso dizer que esteja entusiasmado”, afirmou hoje Donald Trump, sobre a solução de compromisso à volta de medidas de proteção de fronteiras que congressistas Democratas e Republicanos negociaram segunda-feira, cuja aprovação presidencial permitirá evitar uma nova paralisação parcial do governo.
Donald Trump disse ainda que acha que “não voltará a haver um novo ‘shutdown'”, embora não tenha ficado claro se a solução para o impasse político passa pelo acordo bipartidário ou por uma declaração de emergência nacional, que permitirá ao Presidente contornar a necessidade de aprovação do Congresso para o financiamento da construção do muro na fronteira com o México.
De acordo com a solução bipartidária, o Presidente teria cerca de mil milhões de euros para construir uma parte do muro (muito aquém dos cerca de cinco mil milhões que exige para essa obra), em troca de maior flexibilidade nas medidas para lidar com imigração ilegal.
Mas se Democratas e Republicanos se entenderam à volta desta proposta no Congresso, falta saber se Donald Trump, que tem a palavra final, a aceitará, impedindo o regresso do ‘shutdown’ que afeta várias agências governamentais e mais de 800 mil funcionários públicos desde dezembro passado.
“Vamos terminar o muro”, acrescentou Donald Trump, hoje em Washington, repetindo uma frase que o acompanhou numa sua deslocação à fronteira com o México, em El Paso, no Texas, onde se deslocou este fim de semana.
A Casa Branca diz que precisa de mais tempo para analisar a proposta que foi negociada no Congresso.
O porta-voz do governo, Hogan Gidley, disse hoje que ainda não é possível avaliar o que é e o que não é aceitável, para encontrar uma solução para o impasse político à volta das medidas de segurança nas fronteiras.
Ainda assim, o senador Republicano Richard Selby, que pertence ao comité do Congresso que negociou a solução de compromisso, afirmou hoje que a Casa Branca foi consultada ao longo de todo o processo de conversações entre os dois partidos.
O líder Democrata no Senado, Chuck Schumer, já pediu para que o Presidente aceite este acordo, evitando o retomar da paralisação parcial do governo, que durou cerca de dois meses.
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