A 3 de Agosto o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, dizia que a "campanha está a correr muito bem" e que "nunca a equipa tinha estado tão unida". Menos de 15 dias depois, Trump voltou a trocar as voltas. Contratou um executivo de um site de notícias conservador, Stephen Bannon, e proveu a conselheira sénior, Kellyanne Conway. Paul Manafort mantem o seu cargo de diretor de campanha, apesar de estar envolvido num processo de corrupção na Ucrânia e num esquema de financiamento em Angola.

Trump, continua a apostar no ataque ao Partido Democrata e à rival Hillary Clinton e acusou os democratas de terem traído os "afro-americanos". Para Trump, "o Partido Democrata fracassou e traiu a comunidade afro-americana". Esta é mais uma tentativa de Trump para seduzir as minorias do país, que acontece depois de Trump se ter tentado também aproximar dos hispânicos que representam hoje mais de 50 milhões de Americanos.

No estado do Wisconsin, o candidato republicano pediu o "apoio de qualquer cidadão afro-americano que lute hoje em dia por um futuro diferente e melhor", num discurso feito perante uma maioria branca.

Na rede social Facebook, Donald Trump deixou uma mensagem para "os pais que têm sonhos para as suas crianças" e para "as crianças que sonham com o seu futuro". O candidato Republicano garantiu que "Está com eles, vai lutar por eles e vai vencer por eles".

A comunidade "afro-americana" tende a escolher os democratas nas Eleições Presidenciais. Esta tentativa de recuperar eleitores das minorias constitui uma mudança de rumo na campanha de Trump, conhecido pelo discurso hostil face aos imigrantes.

No início da sua campanha, Trump declarou que, se for eleito presidente, irá construir um muro na fronteira do México para acabar com a imigração ilegal e vai proibir a entrada nos Estados Unidos de estrangeiros muçulmanos no âmbito da luta contra os atentados provacados por radicias islâmicos.