Trump declarou "emergência nacional" para firmar o decreto, que atinge em particular a gigante chinesa das telecomunicações Huawei.
O decreto decorre do “Emergency Economic Powers Act”, uma lei que confere ao Presidente norte-americano autoridade para regular o comércio quando estão em causa ameaças à segurança nacional.
A Casa Branca disse que a decisão tem o objetivo de proteger o país "dos adversários estrangeiros que exploram cada vez mais as vulnerabilidades da infraestrutura, dos serviços de tecnologia da informação e das comunicações nos Estados Unidos".
O decreto presidencial visa responder a "atos criminosos favorecidos pela Internet, incluindo espionagem económica e industrial contra os Estados Unidos e a sua população".
O documento assinado hoje não nomeia especificamente nenhum país ou empresa, mas as autoridades norte-americanas têm-se referido à chinesa Huawei como uma “ameaça” e têm apelado ativamente aos aliados para que não usem o equipamento desta empresa.
Perante a possibilidade de um decreto neste sentido, as autoridades chinesas já tinham denunciado o abuso de poder por parte de Washington para eliminar as empresas chinesas da livre concorrência.
"Há algum tempo os Estados Unidos abusam do seu poder para desacreditar deliberadamente as companhias chinesas e fazê-las retroceder a todo custo, o que não é justo ou respeitável", disse Geng Shuang, um porta-voz da diplomacia chinesa.
O funcionário acusou Washington de recorrer ao "pretexto da segurança nacional" para evitar que as companhias chinesas ganhem mercado nos Estados Unidos.
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