Estas medidas constam na proposta de orçamento para o ano fiscal de 2018 da administração de Donald Trump, que assumiu funções em meados de janeiro.
A mesma fonte indicou que todos os Departamentos (o equivalente aos Ministérios), exceto aqueles que estão relacionados com a área da segurança, irão sofrer uma redução nos respetivos orçamentos, e informou que está prevista uma "redução significativa" da ajuda internacional.
Donald Trump já tinha afirmado que ia propor um “aumento histórico” das despesas militares no próximo orçamento federal.
Referindo-se a um orçamento de “segurança nacional”, o chefe de Estado americano disse, durante um encontro com governadores estaduais na Casa Branca, que iria respeitar a sua “promessa de proteger os americanos”.
O aumento das despesas militares será compensado por uma redução semelhante nas despesas não-militares.
“A maioria das agências federais irá ver, como consequência, uma redução dos respetivos orçamentos”, indicou a fonte oficial da Casa Branca, quando questionada a propósito de informações divulgadas na imprensa sobre cortes na área da diplomacia e na agência de proteção ambiental.
O orçamento “vai incluir um aumento histórico nos gastos da Defesa” para "reconstruir" as forças armadas, reforçou Trump, que deu durante a sua campanha eleitoral grande foco a matérias relacionadas com a segurança nacional e a luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
“Vão saber mais amanhã [terça-feira] à noite”, acrescentou o governante, referindo-se ao discurso que irá fazer diante do Congresso norte-americano.
“Será um acontecimento importante, uma mensagem para o mundo nestes tempos perigosos, sobre a força e a determinação da América”, disse ainda.
No início de fevereiro, e diante do Congresso, os chefes militares americanos descreveram um exército enfraquecido durante vários anos por verbas orçamentais inadequadas e por mais de duas décadas de conflitos.
Os argumentos dos chefes militares convenceram Trump, mas será o Congresso, onde a proposta chegará em março, que terá o poder, em última análise, de libertar as verbas dos cofres americanos.
Aproveitando a retirada das tropas norte-americanas de cenários como o Iraque e o Afeganistão, o anterior Presidente, o democrata Barack Obama, reduziu as despesas militares.
Representando 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB), perto de 600 mil milhões de dólares (cerca de 565 mil milhões de euros), as despesas militares norte-americanas são as maiores a nível mundial.
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