De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, "essas negociações estão em curso". "Em Helsínquia, o POTUS [Presidente dos Estados Unidos da América] concordou com o diálogo entre as duas equipas de segurança. O Presidente pediu a John Bolton para convidar o Presidente Putin para vir a Washington no outono, e essas negociações estão em curso", pode ler-se na sua publicação na rede social Twitter
Na segunda-feira, Trump e Putin protagonizaram uma polémica reunião na Finlândia, e nesta quinta-feira o presidente norte-americano já tinha mencionado que esperava ter "um segundo encontro" com o homólogo russo.
"Espero pelo nosso segundo encontro, para que possamos começar a implementar algumas das muitas coisas discutidas", disse Trump no Twitter, apesar das intermináveis polémicas geradas pela cimeira desta semana.
Entre os temas que os dois países devem continuar a tratar, Trump mencionou "o combate ao terrorismo, a segurança de Israel, a proliferação nuclear, os ataques cibernéticos, a Ucrânia, a paz no Oriente Médio, a Coreia do Norte, entre outros".
Entretanto, a reunião com Putin na segunda-feira afundou Trump numa polémica de política interna, por causa das suas afirmações acerca da alegada interferência russa nas presidenciais de 2016, em que venceu a democrata Hillary Clinton.
Neste encontro com Putin, Trump desautorizou os relatórios dos seus serviços de informações sobre a interferência de Moscovo nas eleições. No entanto, o Presidente dos EUA, que foi sujeito a numerosas críticas, corrigiu no dia seguinte as suas declarações.
Falando esta terça-feira aos jornalistas na Casa Branca, o presidente norte-americano afirmou que, afinal, aceita a análise e conclusão dos serviços de inteligência do seu país, que alegam que houve de facto ingerência russa durante esse período eleitoral.
"Deixem-se ser totalmente claro sobre isso. Eu aceito a conclusão dos nossos serviços de inteligência que dita que a Rússia interferiu aquando as eleições de 2016", começou por dizer. "[Mas] também podem ser outras pessoas. Há muita gente por aí", concluiu.
Trump assumiu que tinha utilizado uma frase incorreta quando se quis referir ao episódio. "Disse que não via nenhuma razão para que tivesse sido a Rússia, mas queria ter dito que não havia razões para que não fosse. Achei que não seria tão claro com uma dupla negativa", explicou Trump.
De referir que apenas três dias antes da cimeira bilateral, o Departamento de Justiça norte-americano anunciou que ia acusar 12 agentes russos por terem pirateado o Partido Democrata durante as eleições presidenciais em 2016.
Por isso, o gesto de Trump de aceitar publicamente a negativa de Putin e ignorar as conclusões dos serviços de inteligência, causou uma enorme consternação no país, a par de várias e duras críticas relativamente ao tema.
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