Vieira da Silva falava aos jornalistas na Assembleia da República, após o PSD, Bloco de Esquerda, PCP e "Os Verdes" terem revogado o decreto do Governo socialista que visava descer em 1,25 pontos percentuais a TSU dos empregadores, como compensação pelo aumento do salário mínimo nacional para 557 euros em 2017.
"O Governo continua a considerar que fez um bom acordo de concertação social, servindo os interesses do país. Uma das medidas desse acordo, a Assembleia da República, no exercício dos seus poderes, decidiu revoga-la", comentou o membro do executivo.
De acordo com Vieira da Silva, revogada a descida da TSU, com a qual se procurava compensar os empregadores face à subida do salário mínimo nacional, o Governo "irá agora analisar a situação e conversará com os parceiros sociais".
Interrogado se admite que a medida alternativa à descida da TSU passará por uma nova redução do pagamento especial por conta, o ministro do Trabalho recusou-se a confirmar.
"Não vou agora, aqui, dizer qualquer alternativa. O Governo vai analisar a situação. Vai falar com os parceiros sociais e serão naturalmente conhecidas as decisões que daí resultarem", limitou-se a declarar Vieira da Silva.
No final do debate, a agência Lusa também questionou o ministro do Trabalho e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, se hoje, pelas 18:30, o primeiro-ministro, António Costa, vai receber em São Bento os parceiros sociais, mas ambos recusaram-se a confirmar.
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