As duas tintureiras, uma espécie de tubarão bastante comum nas águas portuguesas (Prionace glauca, vulgarmente conhecido como cação), foram avistadas no sábado, dia 27 de abril, junto ao Cais Palafítico do Nadadouro, no Braço da Barrosa, divulgou a autarquia, no distrito de Leiria, em comunicado.
Apesar de bastante comum nas águas costeiras, “a sua presença na zona interior da lagoa é um evento extremamente raro e deverá ser encarado como casual”, pode ler-se na nota, em que a câmara explica que o percurso da Aberta (canal que liga a lagoa ao mar) até ao Braço da Barrosa “terá resultado, muito provavelmente, da atividade alimentar desta espécie, que envolve, sobretudo, a captura de peixes pequenos, chocos e lulas”.
Apesar de se tratar de tubarões, a autarquia ressalva tratar-se de “espécies frágeis e, na sua maioria, em risco de extinção”, considerando que “numa situação normal não há razão para alarme”.
Ainda assim, “em caso de avistamento, não é recomendável a permanência dentro de água”, alerta a autarquia, acrescentando que “estas espécies não devem ser perseguidas, encurraladas ou tocadas, uma vez que, se se sentirem ameaçadas, podem ter alterações comportamentais que envolvem risco para as pessoas”.
Segundo a Câmara, “o mais provável será que estas duas tintureiras voltem ao mar de forma autónoma, o que já poderá ter acontecido”, mas em caso de novo avistamento no interior da lagoa a observação seja reportada à Capitania do Porto de Peniche (262 790 330) e ao ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (968 849 101) para que possam ser resgatadas e devolvidas ao oceano.
A presença das tintureiras foi comunicada pelos municípios das Caldas da Rainha e de Óbidos (ambos confinantes com a lagoa) à Autoridade Marítima, ao ICNF e à Proteção Civil - Comando Sub-Regional do Oeste.
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