“Nós consideramos que se trata de um atentado terrorista devido à explosão de uma bomba detonada por um agressor que será uma mulher, de acordo com as primeiras informações”, disse Oktay à imprensa, segundo a agência France-Presse (AFP).

O responsável disse que as autoridades turcas descobrirão “quem está por detrás deste atentado, quem quer que seja, mesmo que se tenha de ir ao outro lado do mundo”.

Um atentado atingiu hoje a avenida Istiklal, na zona comercial de Istambul, a maior cidade da Turquia e capital económica do país, pelas 16:20 locais (13:20 em Lisboa).

Na televisão, em direto, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, denunciou o “vil atentado”, dizendo então que “as primeiras observações” deixavam entender que se tratava de um atentado terrorista” em que “uma mulher estaria implicada”.

O ataque ainda não foi reivindicado.

“Os autores deste vil atentado serão desmascarados. Que a nossa população esteja segura de que serão punidos”, disse.

Segundo a agência de notícias estatal Anadolu, foram já designados cinco promotores de justiça para investigar a explosão.

O Conselho Supremo de Rádio e Televisão, órgão que vigia os órgãos de comunicação social na Turquia, impôs uma proibição temporária de relatos sobre a explosão — uma medida que impede as emissoras de exibir vídeos do momento da explosão ou das suas consequências.

O mesmo órgão já tinha imposto proibições semelhantes no passado, após ataques e acidentes.

Em imagens difundidas nas redes sociais, ouve-se o momento da explosão, acompanhado de chamas e desencadeando imediatamente um movimento de pânico.

Uma grande cratera negra também é visível nestas imagens, assim como vários corpos no solo nas proximidades.

Outras imagens mostraram ambulâncias, carros de bombeiros e da polícia no local.

A Turquia foi atingida por uma série de atentados mortais entre 2015 e 2017 cometidos pelo grupo Estado Islâmico e grupos curdos.

Nesse período, a avenida Istiklal foi atingida por um ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, que matou quase 500 pessoas e feriu mais de 2.000.