“O que está por trás da tempestade desencadeada sobre um veredicto nos últimos dias?”, questionou o chefe de Estado turco, reagindo pela primeira vez à condenação na quarta-feira do autarca de Istambul, Ekrem Imamoglu.
“Esse debate não tem nada a ver connosco, nem comigo, nem com a nossa nação”, insistiu, sugerindo que as reações à sentença resultam de rivalidades internas na oposição turca.
Imamoglu, um potencial adversário de Erdogan nas presidenciais de junho do próximo ano, foi condenado a dois anos e sete meses de prisão e privado dos seus direitos políticos por “insulto” a membros do colégio eleitoral.
Milhares de pessoas manifestaram-se na quinta-feira em Istambul para apoiar Imamoglu, considerado um candidato sério para a oposição, após ter conquistado em maio de 2019 a principal cidade da Turquia ao partido de Erdogan, o AKP.
A sua condenação suscitou também uma vaga de reprovação internacional com os Estados Unidos a afirmarem que estão “profundamente preocupados e desiludidos” e a Alemanha a falar num “golpe duro para a democracia”.
Erdogan anunciou em junho passado a sua candidatura às próximas presidenciais, mas a aliança da oposição, composta por seis partidos, ainda não designou o seu candidato.
“Não nos importa quem será o candidato da oposição”, afirmou o Presidente turco, que pediu à oposição para ter “a coragem” de anunciar o seu candidato.
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