Em declarações à imprensa turca, Akar argumentou que se devem separar as questões humanitárias do conflito causado pela invasão russa da Ucrânia e defendeu a extensão do acordo por mais um ano.
Referindo-se a como a Rússia voltou recentemente ao acordo, depois de anunciar a sua saída devido a um ataque ucraniano ao porto de Sebastopol, Akar sublinhou os esforços diplomáticos realizados pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
“Dissemos que os combates e as questões humanitárias são assuntos separados”, afirmou o ministro, acrescentando: “A Ucrânia deu uma garantia por escrito à Rússia graças à mediação da Turquia”.
O titular da Defesa turco precisou que pelo menos 431 navios cargueiros zarparam dos portos ucranianos e que os cereais exportados ultrapassam já os dez milhões de toneladas.
“Agora, temos intensificado os nossos esforços para a extensão do acordo sobre os cereais”, disse Akar, acrescentando: “Vamos propor o prolongamento do acordo por um ano”.
O acordo entre a Rússia e a Ucrânia — com a mediação da ONU e da Turquia — permitiu desbloquear a exportação de cereais e outros alimentos a partir dos portos ucranianos.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 257.º dia, 6.490 civis mortos e 9.972 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Comentários