Apesar de, na quarta-feira, o Parlamento Europeu ter elegido o seu novo presidente, o socialista italiano David Sassoli, respeitando o compromisso alcançado pelos chefes de Estado e de Governo da UE no Conselho Europeu de terça-feira — que contemplava a eleição, para a primeira metade da legislatura, de um socialista, seguido de uma personalidade do PPE —, os eurodeputados das diferentes bancadas estão profundamente descontentes por os líderes dos 28 terem ignorado o modelo do ‘spitzenkandidat’ na designação de Ursula von der Lyden para presidente da Comissão.
A discussão ocorrerá no quadro do primeiro debate na nona legislatura do Parlamento Europeu formalmente constituído esta semana, com os presidentes do Conselho, Donald Tusk, e da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, sobre as últimas cimeiras europeias, dedicadas ao processo de nomeações para os cargos institucionais de topo da UE.
De acordo com o calendário indicativo, a presidente designada para a Comissão Europeia deverá ir a votos na segunda sessão do Parlamento Europeu, que terá já lugar dentro de duas semanas, em Estrasburgo (15 a 18 de julho), mas a votação até poderá ser adiada para depois da pausa para as férias de verão se o processo de aprovação pela assembleia se revelar particularmente complexo, como admitem diferentes bancadas, incluindo a do Partido Popular Europeu, família política à qual Úrsula Von der Lyden pertence.
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