Em comunicado hoje divulgado, os músicos, liderados por Bono, afirmam que tentaram, sem êxito, entrar em contacto com a Nobel da Paz para lhe pedir que enfrente a violência contra os rohingya, que se viram obrigados a fugir para o Bangladesh (mais de 600.000 desde agosto).
"Queríamos falar com Aung San Suu Kyi esta semana, mas parece que agora esta chamada não se concretizará", adiantaram os U2, acrescentando que "a violência e o terror contra a população rohingya leva a terríveis atrocidades e há que acabar com elas".
"Como disse Martin Luther King: a última tragédia não é a opressão e a crueldade por parte da gente má, mas sim o silêncio por parte da gente boa. O tempo passou para que ela seja firme e fale", referem os músicos
Aung San Suu Kyi tem sido criticada pelas organizações internacionais por não condenar as medidas que as forças de segurança de Myanmar (antiga Birmânia) contra os rohingya.
A Birmânia, onde mais de 90% da população é budista, não reconhece cidadania aos rohingya, os quais sofrem crescente discriminação desde o início da violência sectária em 2012, que causou pelo menos 160 mortos e deixou aproximadamente 120 mil pessoas confinadas a 67 campos de deslocados.
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