A conversa, prevista para as 11:00 em Paris (10:00 em Lisboa), ocorre depois de Kiev ter apelado aos seus aliados ocidentais para que ponham fim a qualquer política “de apaziguamento” com Moscovo, que Washington acusa de ter colocado 150 mil soldados junto às fronteiras orientais ucranianas.
Após o seu encontro de 7 de fevereiro em Moscovo, os dois líderes protagonizam hoje “os últimos esforços possíveis e necessários para evitar um grande conflito na Ucrânia”, segundo a Presidência francesa.
O Ocidente e a Rússia vivem atualmente um momento de forte tensão, com o regime de Moscovo a ser acusado de concentrar pelo menos 150.000 soldados nas fronteiras da Ucrânia, numa aparente preparação para uma potencial invasão do país vizinho.
Moscovo desmente qualquer intenção bélica e afirma ter retirado parte do contingente da zona.
Entretanto, nos últimos dias, o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos têm vindo a acusar-se mutuamente de novos bombardeamentos no leste do país, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.
Os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) anunciaram no sábado ter registado em 24 horas mais de 1.500 violações do cessar-fogo n na Ucrânia oriental, número que constitui um recorde este ano.
Os líderes dos separatistas pró-russos de Lugansk e Donetsk, no leste da Ucrânia, decretaram no domingo a mobilização geral para fazer face a este aumento da violência.
Moscovo e Mink deverão terminar hoje manobras militares comuns na Bielorrússia, vizinha da Ucrânia, que começaram em 10 de fevereiro e fizeram aumentar as preocupações do Ocidente.
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