“São já mais de 10 mil pessoas em pouco mais de duas semanas, quase dois terços são mulheres, ou seja, 59%”, disse Cláudia Pereira à margem da inauguração do Centro Local de Apoio à integração de Migrantes (CLAIM), no Instituto Politécnico do Porto (IPP).
Cláudia Pereira adiantou ainda que mais de um terço dos ucranianos até agora acolhidos no país são crianças dos 0 aos 13 anos.
A governante referiu que, em traços gerais, o perfil de quem chega da Ucrânia a Portugal é uma “mãe com duas crianças”.
Já em termos de homens, a sua maioria são crianças ou idosos dado que os jovens e adultos ficaram no país a lutar, disse a secretária de Estado.
No que diz respeito a distribuição geográfica, Cláudia Pereira referiu que todos os municípios estão a receber ucranianos, destacando-se os distritos de Lisboa, Setúbal, Faro, Porto e Leiria.
A secretária de Estado vincou que Portugal acolherá os que forem necessários, não estabelecendo nenhum número máximo.
“Eu acho que nenhum de nós imagina o que é que estas pessoas passaram, primeiro para sair do país, depois o sofrimento que estão a ter e, portanto, nós acolhemos os que forem necessários acolher”, reforçou, adiantando que o Governo removeu o máximo de obstáculos possíveis para uma melhor integração dos ucranianos, criando desde logo o estatuto de proteção temporária pelo facto de virem de uma situação de guerra e a autorização imediata de residência.
Também os estudantes que vem da Ucrânia têm estatuto de estudante de emergência por razões humanitárias, podendo candidatar-se às universidades num concurso especial onde lhes é facilitada a equivalência do grau anterior e simplificado os procedimentos relacionados com as residências, cantinas ou apoios sociais.
“Mas, ainda são poucos, o que se compreende, porque a maior parte ficou na Ucrânia a lutar no país”, disse Cláudia Pereira.
[Notícia atualizada às 15h33]
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