"Uma bomba russa matou 60 civis na cidade de Bilogorivka", disse Zelensky na sua participação por videoconferência na reunião do G7.

"Eles estavam a tentar abrigar-se num prédio de uma escola que foi alvo de um bombardeamento aéreo russo", acrescentou.

A mesma informação foi adiantada pelo governador da região de Lugansk, Serguii Gaidai. "Uma bomba atingiu uma escola e 60 pessoas morreram sob os escombros", disse à TV Current Time. "Ainda há bombardeamentos muito pesados em Bilogorivka", acrescentou.

"Eu realmente gostaria de acreditar que ainda lá existem pessoas vivas", continuou, acrescentando: "assim que o bombardeamento parar, podemos começar a remover os escombros".

Na manhã de domingo, Gaidai declarou que "havia um total de 90 pessoas" no local quando o bombardeamento ocorreu, das quais 27 salvaram suas vidas, segundo ele.

Inicialmente, as autoridades davam conta da existência de dois mortos e 60 desaparecidos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou-se "chocado" com o bombardeio, disse o seu porta-voz neste domingo.

"O secretário-geral está chocado com o ataque relatado a uma escola em Bilogorivka, na Ucrânia, a 7 de maio, onde muitas pessoas aparentemente procuravam refúgio dos combates", disse o porta-voz Stephane Dujarric em comunicado.

Guterres "reitera que os civis e a infraestrutura civil devem ser sempre preservados em tempos de guerra", e disse que este ataque é "mais um lembrete de que nesta guerra, como em tantos outros conflitos, são os civis que pagam o preço mais alto".

Entretanto, o coordenador de crises da ONU para a Ucrânia, Amin Awad, expressou “profunda consternação” pelo ataque russo.

Num breve comunicado, Awad afirmou que este ataque “é outro registo da crueldade desta guerra” e solidarizou-se com as vítimas e familiares.