O Comité de Investigação russo disse que dois helicópteros ucranianos “equipados com armas pesadas” entraram na Rússia e efetuaram “pelo menos seis ataques a edifícios residenciais na aldeia de Klimovo”, na região de Bryansk.
Sete pessoas, incluindo um bebé, foram feridas “em graus variáveis”, disse a mesma fonte, citada pela agência francesa AFP.
Anteriormente, o governador da região, Alexander Bogomaz, tinha relatado o bombardeamento de Klimovo sem fornecer pormenores.
Segundo a agência noticiosa russa Interfax, que citou um funcionário do Ministério da Saúde, sete pessoas feridas no ataque à aldeia foram hospitalizadas, duas das quais em estado grave.
Kiev, porém, caracteriza as acusações como uma forma de encenação do lado russo. Segundo o Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, "os serviços especiais do inimigo começaram a colocar em prática um plano para realizar atentados terroristas com o objetivo de injetar histeria anti-ucraniana na Rússia".
Sem negar formalmente, o conselho denunciou estas alegações, bem como as proferidas pelo governador da região russa de Kursk de que uma cidade no distrito de Korenevski havia sido bombardeada por forças ucranianas.
A aldeia de Klimovo está situada a cerca de 10 quilómetros da fronteira ucraniana e tem uma população à volta dos 13.000 habitantes.
Posteriormente, o governador da região de Belgorod, também limítrofe da Ucrânia, acusou igualmente as forças ucranianas de bombardear a aldeia de Spodariushino.
Não houve feridos ou danos materiais, mas as autoridades evacuaram Spodariushino e a aldeia de Bezimeno, anunciou o governador Vyacheslav Gladkov na rede social Telegram.
Não foi possível verificar as acusações de forma independente, segundo a AFP.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, tem acusado as forças de Kiev de realizar ataques no seu território.
No início de abril, o governador da região de Belgorod, que faz fronteira com Bryansk, disse que helicópteros ucranianos atingiram um depósito de combustível.
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