Com esta decisão, passa a ser proibida, a partir de hoje, a exportação de bens de dupla utilização (civis e militares) para a Bielorrússia, bem como aqueles que “possam contribuir para o fortalecimento militar e tecnológico ou para o desenvolvimento do setor de defesa e segurança”, referiu o Governo.

As sanções suíças também proíbem a prestação de serviços de assistência técnica e serviços comerciais de corretagem, bem como a importação da Bielorrússia de madeira, borracha, cimento, aço e derivados.

No campo financeiro, a partir de hoje, o Conselho Federal (executivo) impede a concessão de fundos públicos para negociar com a Bielorrússia ou investir naquele país e não permite transações com o banco central bielorrusso.

Finalmente, vários bancos bielorrussos serão excluídos pela Suíça da rede internacional de comunicação financeira SWIFT.

Em 28 de fevereiro, quatro dias após o início da invasão russa da Ucrânia, a Suíça rompeu com sua tradicional neutralidade em conflitos e anunciou sanções contra a Rússia, que incluíam o congelamento dos bens do Presidente russo, Vladimir Putin, e de outros altos funcionários do país.

Dias depois, a Suíça foi incluída pela Rússia numa lista de países considerados “hostis”, juntamente com os da União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Japão, entre outros.

O Presidente bielorrusso reagiu hoje às sanções impostas por países ocidentais sobretudo à Rússia, mas que também afetam a Bielorrússia, garantindo estar confiante de que Minsk e Moscovo poderão adaptar o sistema de acordos internacionais para a realização de pagamentos.

“Temos de adaptar os pagamentos. Temos inteligência suficiente, tanto entre os nossos especialistas no Banco Nacional como no Governo, para resolver este problema e estamos a resolvê-lo”, afirmou Alexander Lukashenko citado pela agência de notícias russa Sputnik.

Lukashenko lembrou que a Bielorrússia importa 90% do que necessita da indústria da Rússia e que os russos são o principal mercado para os produtos bielorrussos.