Israel intercetou na madrugada de domingo quase todos os ‘drones’ e mísseis disparados pelo Irão contra o Estado judaico.

"O mundo inteiro vê o que significa uma verdadeira defesa. Vê que é possível. E o mundo inteiro viu que Israel não estava sozinho nesta defesa, uma vez que a ameaça aérea foi combatida também pelos aliados", disse Zelensky no domingo à noite, referindo-se à neutralização dos projéteis iranianos pelos aliados de Israel a partir de bases na região.

O Presidente ucraniano recordou que, na semana passada, a Rússia lançou 130 ‘drones’ iranianos Shahed, 80 mísseis e cerca de 700 bombas aéreas guiadas contra a Ucrânia.

Estes ataques causaram novamente vítimas civis e destruíram ou danificaram várias centrais elétricas ucranianas, entre outras infraestruturas.

"Quando a Ucrânia diz que os seus aliados não devem fechar os olhos aos mísseis e aos ‘drones’, isso significa que é necessário agir", reiterou Zelensky, acrescentando que a eficácia das defesas israelitas demonstrou que a "unidade" entre os aliados "proporciona a melhor defesa".

A Ucrânia, o Médio Oriente e todas as outras regiões do mundo merecem igualmente uma paz justa e duradoura", disse o chefe de Estado ucraniano, apelando a medidas concretas, e não a "retórica" ou "opiniões", para abrandar "a produção de mísseis e drones".

Zelensky voltou a referir que muitos dos mísseis que a Rússia lança contra o território ucraniano ainda contêm componentes fabricados "no mundo livre", apesar das sanções impostas às indústrias militares da Rússia e do Irão, que durante a guerra da Ucrânia forneceram a Moscovo drones Shahed.

O Presidente ucraniano voltou a apelar aos aliados para que tomem medidas drásticas para impedir que a Rússia continue a contornar as sanções para importar componentes através de países terceiros.

A Ucrânia necessita urgentemente de mais sistemas de defesa aérea e de mísseis para estes sistemas, a fim de poder proteger as infraestruturas dos ataques aéreos russos.

Kiev deve também receber os primeiros caças F-16 prometidos pelos países aliados ainda este ano.

Após semanas de ataques devastadores ao sistema elétrico ucraniano, a Alemanha anunciou no fim de semana que vai enviar para a Ucrânia mais um sistema antimíssil Patriot.

Berlim está também a preparar a transferência de mais um sistema IRIS-T para a Ucrânia e vai enviar mais mísseis para os sistemas antiaéreos existentes em Kiev.