O anúncio foi feito hoje pelo diretor do órgão para os assuntos de Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da áfrica Austral (SADC), Jorge Cardoso, em conferência de imprensa no âmbito da 23.ª Reunião Geral Anual do Subcomité de Chefes/Comandantes de Polícia da África Austral (SARPCCO), que decorre em Luanda.
"Ainda no engajamento que temos com a União Europeia fomos capazes de mobilizar cerca de 5 milhões de dólares para os próximos três anos, sobretudo para lidar especificamente com as questões do crime transfronteiriço", disse.
Nesta conferência de imprensa da 'troika' da SARPCCO, constituído pela Zâmbia, Angola e Tanzânia, Jorge Cardoso fez saber também que aquele departamento da SADC continua a "mobilizar recursos", sobretudo para a formação contínua dos quadros da organização.
"Em função da parceria que desenvolvemos com a agência das Nações Unidas que trabalha sobre as questões do crime e da droga, temos um programa regional que se consubstancia em tornar a nossa região mais segura, que visa mobilizar apoios para formação dos nossos membros", adiantou.
Já o comandante-geral da Polícia Nacional de Angola, e presidente cessante da SARPCCO, Alfredo Eduardo Mingas, considerou de positiva as ações desenvolvidas ao longo do mandato de Angola, mas defendeu a necessidade de reforço da formação os quadros do bloco regional da África austral.
"Temos uma cooperação policial bastante forte, embora tenhamos como referência um aspeto negativo que merece agora a nossa maior atenção que tem a ver com a formação de quadros", aponto.
O comandate da polícia angolana destacou que esta reunião geral anual do Subcomité de Chefes/Comandantes de Polícia da África austral, realizada em Luanda, "veio solidificar a cooperação" entre os países membros da SADC no domínio da segurança, mas também na busca de novas estratégias de combate ao crime organizado.
"Trouxemos nessa reunião dois órgãos importantes, que é a Interpol e a Afripol, no sentido de melhorarmos a cooperação entre as polícias do nosso continente e sobretudo da nossa região, olhando para este mundo que vivemos", realçou.
Por sua vez, o comandante-geral da Polícia da Zâmbia, país que vai agora liderar a SARPCCO, Kakoma Kanganja, defendeu na sua intervenção o reforço dos mecanismos conjuntos para o combate aos crimes transnacionais "que preocupam a região".
"E é por esta razão que estamos reunidos aqui para que possamos observar as tendências dos crimes emergentes, dentre estes temos os crimes cibernéticos, terrorismo, crimes violentos contra mulheres e crianças, são assim considerados como os mais preocupantes e que vamos tomar alguns passos", assegurou.
Fazem parte deste bloco regional as polícias da África Austral Angola, Botsuana, Suazilândia, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagáscar, Malaui, Ilhas Maurícias, Moçambique, Namíbia, Ilhas Seicheles, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.
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