Segundo o documento publicado nesta segunda-feira, 19 empresas sediadas na China, várias das quais operam em Hong Kong, estão afetadas por estas medidas.
O governo chinês é frequentemente acusado pelas potências ocidentais de apoiar a ofensiva russa na Ucrânia, algo que Pequim nega.
Entre as empresas sancionadas há dois importantes atores da indústria chinesa dos satélites, ambos acusados de estar envolvidos na venda de aparelhos e de imagens ao grupo de mercenários russo Wagner.
Em outubro, uma investigação da AFP revelou a existência desse contrato que data de novembro de 2022 e pelo qual a empresa Beijing Yunze Technology Co. Ltd vendeu dois satélites por cerca de 31 milhões de dólares a uma empresa da rede do chefe do Wagner, Yevgeny Prigozhin.
Prigozhin morreu em agosto de 2023 num misterioso acidente de avião, dois meses após comandar um breve motim contra Putin em junho daquele ano.
Os dois satélites de observação de alta resolução (75 cm) pertenciam à Chang Guang Satellite Technology (CGST), uma das principais empresas deste setor que agora está sob as sanções da UE.
Nesta segunda-feira, o diário oficial da UE indicou que as entidades e indivíduos sancionados "contribuem para o reforço tecnológico e militar da Rússia ou para o desenvolvimento do setor de defesa e segurança da Rússia".
A China não fornece diretamente armas à Rússia, mas os Estados Unidos acusam as empresas chinesas de fornecer componentes e equipamentos para o setor de armamentos russo.
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