Segundo um comunicado do executivo comunitário, após um entendimento entre Bruxelas e a UNRWA sobre questões relativas à suspeita de envolvimento de funcionários da agência nos ataques terroristas do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, foi decidido o desembolso de parte da verba prevista, que será entregue na próxima semana.
A segunda e terceira parcelas, no valor de 16 milhões de euros cada, serão libertadas com a aplicação das regras acordadas entre as partes.
Aos 50 milhões de euros para a UNRWA, acrescem outros 68 milhões de ajuda de emergência à população palestiniana e que será distribuída através de parceiros como o Crescente Vermelho e a Cruz Vermelha.
Bruxelas condicionou a manutenção da ajuda a uma investigação interna da UNRWA às acusações de Telavive, bem como à aceitação de uma auditoria externa com peritos independentes designados pela UE, focada na avaliação dos sistemas de controlo para evitar o possível envolvimento do seu pessoal em atividades terroristas.
O executivo comunitário quer ainda ver fortalecido o departamento de investigações internas da agência da ONU.
Neste sentido, a Comissão Europeia felicitou a ONU por ter criado um grupo de análise independente, liderado pela ex-ministras francesa dos Negócios Estrangeiros Catherine Colonna, para avaliar se a agência está a fazer tudo o que está ao seu alcance para garantir a neutralidade e responder a alegações de violações graves.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 7 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva no território palestiniano que já causou mais de 30 mil mortos, de acordo o Hamas, catalogado pela UE e os Estados Unidos como organização terrorista, que controla o território desde 2007.
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