Em comunicado, o Conselho Europeu, no qual estão representados os 28 Estados-membros da União Europeia (UE), indicou que a missão de formação naquele país africano (EUTM RCA) será alargada por mais dois anos, tendo sido também alterado “o mandato da missão”, de forma a que possa “fornecer aconselhamento estratégico não apenas ao Ministério da Defesa e às forças armadas, mas também ao gabinete do Presidente”.
Pretende-se ainda que a EUTM RCA possa prestar aconselhamento sobre “cooperação entre civis e militares, incluindo o Ministério do Interior e a polícia”.
O Conselho Europeu desbloqueou um envelope financeiro de cerca de 25,4 milhões de euros para cobrir os custos da missão, sediada em Bangui, capital da República Centro Africana (RCA).
A missão de treino e formação das forças armadas centro-africanas foi lançada a 16 de julho de 2016 e integra cerca de 170 pessoas.
A EUTM RCA pretende contribuir para a reestruturação do setor da Defesa em três domínios: o conselho estratégico, o treino operacional e a formação.
Ao fim de dois anos de missão, foram formados e treinados mais de três mil soldados, homens e mulheres das Forças Armadas do país.
Por seu lado, as Nações Unidas também enviaram uma missão de paz (Minusca, com 10 mil soldados), presentes na RCA desde 2014, mas tem encontrado dificuldades em manter a segurança num país onde o Estado não controla uma grande parte do território.
Os grupos rebeldes controlam a maioria do país, combatendo pelo domínio dos seus recursos, especialmente diamantes, ouro e gado.
Constituída por 170 militares de 11 nacionalidades, entre os quais de Portugal, França, Roménia, Geórgia, Sérvia, Espanha, Suécia e Itália, a EUTM-RCA, que, desde janeiro deste ano, tem como comandante o brigadeiro-general Hermínio Maio, forma quadros do exército da República Centro Africana.
Na passada semana, o chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, disse que o exército vai reforçar com 20 militares e seis veículos blindados de transporte de infantaria “Pandur” o contingente português presente na RCA.
Segundo Rovisco Duarte, as propostas de alteração à estrutura orgânica da força para “incrementar a capacidade de transporte, evacuação, proteção e segurança”, foram aprovadas no último Conselho Superior de Defesa Nacional, em 13 de julho.
Comentários