A AIgea Medical venceu assim o prémio que é atribuído pelo impacto social que cada startup tem como solução para o mundo, o denominado Global Pitch Sprint. No seu caso o impacto na área da saúde e no trabalho da Inteligência Artificial com a área da radiologia.
A DeepMammo é o instrumento que a AIgea Medical usa para combater o cancro da mama. Um algoritmo que trabalha juntamente com a IA para "grandes resultados".
"A Inteligência Artificial é um tema recorrente em diversos setores, sendo o da saúde um deles. A imagem digital e a radiologia não estão isentas nesta transformação, como provam os muitos trabalhos de investigação publicados sobre aplicações da IA em Radiologia", começa por dizer ao SAPO24 Federico Picardi, cofundador da AIgea Medical, referindo que a IA nesta área não servirá para substituir os médicos, mas sim para os ajudar.
"Não há hipótese da tecnologia atual substituir os médicos. Não os queremos substituir, mas sim ajudá-los. Por outro lado, através da apresentação de vários exemplos, mostraremos como esta tecnologia pode auxiliá-los, capacitando os fluxos de trabalho, reduzindo o risco de erros, otimizando os processos e melhorando a comunicação com os pacientes", diz, apontando exemplos de como a DeepMammo poderá ajudar nesta área.
"Acreditamos firmemente que a IA pode trazer enormes benefícios aos fluxos de trabalho de radiologia. Especificamente, identificámos três áreas principais no fluxo de trabalho da radiologia que podem ser bastante melhoradas com a adoção da IA, como a análise de registos de pacientes, onde se pode fornecer um resumo fácil e acessível do historial do doente, recuperar casos semelhantes para fornecer informações adicionais aos médicos; análise de imagens radiológicas, com as mesmas a poderem auxiliar os médicos de diversas formas, analisando a percentagem de gordura, IMC, densidade mamária, etc; e os relatórios, mais uma vez podem ajudá-los a verificar conformidade para evitar erros, na estruturação dos relatórios, codificação e uniformização do estilo dos relatórios, etc. Tudo isto pode levar à redução da carga de trabalho do radiologista, especialmente no que diz respeito a operações repetitivas, reduzir os riscos de erros e melhorar a comunicação com os doentes", refere Federico, consciente que uma análise final estará "sempre do lado exclusivo do médico".
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