Sharpless já tinha vencido o Nobel de Química em 2001. Existem apenas outros quatro integrantes deste seleto clube de vencedores do Nobel em duas ocasiões — aos quais se acrescentam duas organizações que receberam o Prémio Nobel da Paz em várias ocasiões: o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), em 1917, 1944 e 1963, e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em 1954 e 1981.
Marie Curie: Física (1903) e Química (1911)
A francesa de origem polaca Marie Curie, a primeira mulher a receber um Nobel, foi premiada duas vezes. Em 1903 venceu o Nobel de Física, ao lado do marido Pierre Curie e de Henri Becquerel. Em 1911 recebeu o prémio de Química.
O primeiro foi atribuído pela descoberta da radioatividade, polónio e rádio, e o segundo pelas suas pesquisas contínuas sobre radioatividade. Marie Curie é a única mulher que venceu dois prémios Nobel.
Linus Pauling: Química (1954) e Paz (1962)
O norte-americano Linus Pauling recebeu o Nobel de Química em 1954 por ter estabelecido os princípios fundamentais da arquitetura das proteínas.
Ativista pacifista com a sua esposa durante a Guerra Fria, Pauling opôs-se aos testes nucleares. Em três estudos distintos, demonstrou o perigo da radioatividade e estabeleceu a relação entre cancro e exposição à radiação.
A sua campanha contra os testes nucleares contribuiu para que se tornassem subterrâneos. Por esse trabalho de ativismo, recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1962.
John Bardeen: Física (1956, 1972)
O norte-americano John Bardeen recebeu o seu primeiro Nobel de Física em 1956, ao lado de dois colegas, Walter Brattain e William Shokley, pela invenção do transistor.
O transistor revolucionou o campo da eletrónica, com rádios, calculadoras e computadores menores e mais baratos, entre outros objetos.
Bardeen recebeu o segundo Nobel, também de Física, em 1972, pela sua participação no desenvolvimento da teoria da supercondutividade.
Frederick Sanger: Química (1958, 1980)
O britânico Frederick Sanger recebeu o Nobel de Química em 1958 pelos seus trabalhos sobre a estrutura das proteínas, em particular da insulina, a hormona que regula os níveis de açúcar no sangue.
A invenção de um novo método de sequenciamento rendeu um segundo Nobel em 1980 (desta vez compartilhado com Paul Berg e Walter Gilbert). O "método Sanger", adotado em todo o planeta, possibilitou o sequenciamento do primeiro genoma humano, que começou em 1992 e foi concluído em 2001.
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