Se em Portugal e Espanha, por exemplo, houve algumas manifestações pacíficas, organizadas pelos sindicatos, sobretudo a CGTP e a UGT, em França registaram-se muitos confrontos, com detenções e feridos.
O que se reivindicou em Portugal?
"O salário nacional afasta-se cada vez mais da média salarial da União Europeia, defendemos um aumento imediato de 10%, no mínimo de 100 euros, com efeitos a janeiro, e aumentos intercalares no imediato para todos os que não tiverem aumento ou caso este tenha ficado aquém das necessidades", disse Isabel Camarinha, no discurso que fez hoje nas comemorações do 1º de Maio, na Alameda, em Lisboa.
Vincando que "um em cada dez portugueses estão em situação de pobreza", a sindicalista disse que "o salário tem mesmo de aumentar" para 850 euros, e deixou argumentos para quem considera que isso não é possível.
Já o secretário-geral da UGT afirmou que o tempo é de mobilização e de luta e garantiu que acionará a cláusula de salvaguarda do Acordo de Rendimentos caso exista um agravamento da situação económica.
O que se passou em França?
Os sindicatos dos trabalhadores franceses salientaram que contaram com 2,3 milhões de manifestantes por toda a França, incluindo 550 mil na capital, Paris. O Dia do Trabalhador foi vivido pelos manifestantes na capital francesa com determinação, não só face ao Presidente Emmanuel Macron, mas também devido à chuva que se abateu sobre o cortejo, onde a principal crítica visa o aumento da idade da reforma, que passa para os 64 anos, a partir de 1 de setembro.
O cortejo desta segunda-feira voltou a registar incidentes violentos entre polícias e manifestantes, com vários estragos nas ruas e lojas de Paris, mas também em Lyon ou Nantes. Para esta manifestação foram destacados 12 mil polícias para vários locais do pais já que era previsível que seria um protesto que atrairia elementos violentos organizados vindos um pouco de toda a Europa.
Foram registadas cerca de 300 detenções e mais de 100 polícias feridos.
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