Segundo um comunicado do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, o argelino Hichem Guellil fica sob custódia do SEF no Centro de Instalação Temporária desta força de segurança, “para condução ao país de origem”, o que deverá ocorrer no “mais curto espaço de tempo”.
O tribunal considerou, relativamente a este suspeito, que existia “sério e concreto risco de fuga, comprometendo a evolução do processo a que deu início com a sua detenção”.
Quanto a Mohamed Mechani, o juiz de instrução criminal decretou como medida de coação o envio para o Centro de Instalação Temporária, por considerar também a existência de “risco de fuga”, onde vai aguardar o desenrolar do processo. Não é, contudo, divulgada qualquer ordem de expulsão relativamente a este suspeito.
O tribunal refere que os dois argelinos “se encontram em situação irregular em Portugal”.
Os dois homens, que fugiram na quinta-feira e acabaram detidos esta madrugada na estação do Oriente, em Lisboa, sem oferecer resistência, foram hoje presentes a tribunal para primeiro interrogatório judicial.
Os dois homens fugiram na quinta-feira à tarde quando se procedia ao embarque de um grupo de cinco argelinos (quatro homens e uma mulher) num voo com destino a Argel, tendo “conseguido transpor a rede de proteção do aeroporto de Lisboa”, explicou, em comunicado, a PSP.
Esta não é a primeira vez que acontecem casos semelhantes no aeroporto de Lisboa, envolvendo igualmente cidadãos argelinos.
Em outubro de 2016, o SEF e a PSP impediram a fuga de três passageiros chegados ao aeroporto de Lisboa num voo proveniente de Marrocos, numa ação que levou à detenção de seis cidadãos do norte de África que viajavam num voo oriundo de Casablanca, em Marrocos, com destino a Argel, capital da Argélia, com escala em Lisboa.
Em setembro, um cidadão de nacionalidade argelina, que fazia a viagem entre a Argélia e Casablanca, saiu ilegalmente do aeroporto de Lisboa.
No final de julho, quatro homens foram detidos pela PSP no aeroporto de Lisboa por violação das regras de segurança, ao terem tentado fugir ao controlo de passaportes e "numa zona restrita", mais concretamente na pista de aterragem.
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