Trata-se de um homem de 89 anos, que na última semana permaneceu no prédio na companhia de um dos filhos, que hoje também saiu para visitar a mãe.
"O nosso advogado falou com o presidente da Câmara e teve a garantia que podemos sair e depois voltaremos a entrar. Lamento que não tivesse oportunidade para me despedir da minha mãe e não sei se ainda vou conseguir a tempo de o fazer", referiu o filho.
O prédio Coutinho é num edifício de 13 andares cuja demolição está prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis, por ser considerado um "aborto urbanístico".
No entanto, a batalha judicial iniciada pelos moradores vem impedindo a concretização do projeto, iniciado quando José Sócrates era ministro do Ambiente.
Para o local onde está instalado o edifício, está prevista a construção do novo mercado municipal da cidade.
A ação de despejo dos nove últimos moradores no prédio esteve prevista para as 09:00 de segunda-feira, na sequência de uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, de abril, que declarou improcedente a providência cautelar movida em março de 2018.
No entanto, os moradores recusaram-se a sair e mantêm-se no prédio.
A VianaPolis já cortou a eletricidade, o gás e a água do prédio, estando também proibida a entrada de alimentos.
Quem sair do prédio, já não é autorizado a entrar, mas a VianaPolis abriu uma exceção para o caso de hoje, tendo em conta que em causa está um grave problema de saúde.
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